By Marcel
 

REVISTA ARTILHARIA PULMONAR - Edição II (POST 73)

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EDITORIAL
Parece que a tal gripe A vai mesmo pegar todo mundo, ou pelo menos boa parte da população. E mesmo com várias intituções adiando sua volta nesse meio de ano preguiçoso, o número de pessoas que circulam com o vírus é enorme. É possível ver o medo camuflado no rosto das pessoas. Algumas vestem máscaras e outras zombam das máscaras. O número de mortes aumenta, as piadas vão acabando por ficar sem graça no fim das contas. E os dias continuam passando apertados.

INFORME, JORNAL
Felipe Massa tem o capacete atingido por uma mola de metal á mais de trezentos quilometros por hora e sobrevive.
O piloto brasileiro será substituído por Michael Schumacher provavelmente até o fim da temporada enquanto se recupera do acidente no hospital Albert Einstein. Felipe mostrou estar em excelente estado em entrevista á equipe Ferrari.
OUÇA
Dawn Mitschele é cantora e compositora trazida pela nova geração de talentosos músicos do sul da Califórnia, palco de bons novos frutos para cena de música acústica. Sua carreira, apesar de recente, apresenta fortes indícios de sucesso certo. A combinação da nova guarda da música folk (modern folk) combinada a uma voz fantástica e melodias singelas fazem de Dawn uma grande promessa do gênero.

"Um album incrível! Performances de tirar o fôlego. Produção luxuosa. Obrigado, meus ouvidos estão felizes." - Jason Mraz sobre IN THE MOONLIGHT
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=92516410
POESIA
Pazes
Marcel Scognamiglio



Irmãos, queijo, bumbo, bondade
Larica, estrela do mar, margarida, amizade
Criar, fotografia, entrar pela varanda, desenhar
Música clássica, coragem, Camões, espreguiçar

Dido, uvas passa, sentir o groove, orgasmos,
Teatro, ser você, noite paulista, espasmos.
Salsa, beijar, violão, vento da manhã,
Canto matinal, aveia com banana, estalar as costas, morder maçã.

Trocar olhares, beijar no escuro, ganhar, perder de vista,
Pinup girls, cantar, Colbie, fazer uma lista
Lembrar da letra, beijar no pôr-do-sol, Anna Karina, meditar
papai-mamae, caráter, Machado de Assis, acreditar.

Chaplin, palavrões, Lenine, camélias, sorrir,
Kubrick, amar, possuir, sentir calafrios, rir
Reclamar cãibras, viajar, sentir cheiro de novo, lealdade
Cheiro de plástico, cheiro de banho, sentir seios, dizer a verdade.

Espartilhos, não dormir, acordar, cochilar, espiar,
Tocar, abraço, lavanda, tirar folga, cochichar,
Aquecer corpo frio na cama, ser abraçado, pintar, beber água da cachoeira,
Cazuza, imaginar, Stephen King, sonhar com besteira.

Rede na sacada, pimenta, chuva, melancia, escrever,
Escrever, shiatsu, sorrir, caminhar, respirar, merecer,
Escorregar, escalar, cheiro de erva doce, gosto de mostarda,
Ioga, flutuar sem rumo, cheiro de mar, improvisar, rosto com sarda.

Aprender sinônimo, sorrir até doer a face, solos de guitarra, cansar
Carinho canino, torcer, timbres perdidos, gozar.
Ser inconseqüente, Barbara Di Napoli, Rock n Roll, café na cama
Dó maior, Picasso, Shakespeare, andar de pijama.


Ler, dançar, compartilhar, vivacidade,
Final, janelas, noite enevoada, honestidade
Dar-se conta, expressar-se, dormir de conchinha, morder,
Dizer amor, prazer em conhecer, mulheres, prazer.
***
 

REVISTA ARTILHARIA PULMONAR EDIÇÃO I (Post 72)

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EDITORIAL
Primeiramente,
Bem vindo ao Artilharia Pulmonar versão 2009!
Como prometido, continuo, desde
16/10/07 lendo comentários e atualizando o blog com alguns conjutos de palavras que eu acredito soar bem para os seu ouvido.
O formato do AP agora é semanal, com edições. Irei fecha-lo com três temas: um texto jornalistico (ou crítico), um texto cultural e um texto poético finalizando a edição, acredito que neste formato o blog ficará mais completo sem deixar de ser simples.








INFORME, JORNAL.
MICHAEL JOSEPH JACKSON E O LEGADO DO POP



Morreu no último dia 25 (JULHO/09) de maneira ainda misteriosa o intitulado Rei do POP, Michael Jackon.
Desconsideremos detalhes que tomam boa parte da mídia neste momento, até porque, não deveria interessar á populaçao o resultado judicial de seu testamento.
Vamos considerar o é notório, o que foi sólido e pode ser aplaudid: Michael Jackson foi a maior das imagens da revoluçao POP dos anos 80, tudo graças ao seu talento incomparavél, tanto na dança, quanto na voz, e aos desconhecem, na produção de muitas de suas próprias canções.

Apesar de toda densa cortina de fumaça que envolveu seu rosto por toda a década de 90, com albuns pouco aceitos, escândalos com denuncias de abuso sexual em Neverland, aparições onde ele demonstrada cada vez mais modificado por operações e cada vez mais frágil, Jackson continuou cuidando de projetos sociais importantes e vivendo quase que como uma celebridade aposentada - talvez possa se desconsiderar ele estar aposentado por algumas aparições públicas pouco comentadas, em algumas músicas no fim dos 90 e começo da década de 2000.
Durante os últimos anos Michael planejava apresentar-se em turnê na Inglaterra e foi durante um ensaio que supostamente, ele sofrera uma parada cardíaca causada por abuso de remédios.

Muito dos novos nomes da música POP, muitas pessoas ao redor do mundo inteiro, amigos, parentes e pessoas comuns que viveram e viram de perto as mudanças criadas pelo Sr. Jackson vão sentir a falta de uma personalidade certamente tão excêntrica quando única. Michael Jackson criou obras que serão apreciadas por infinitas gerações e deverá ser lembrado por isso para sempre.

Michael Joseph Jacksn, ex-integrante dos Jackson 5, vencedor de inúmeros prêmios por sua contribuição para a música e artista com o maior número de CDS vendidos na história nasceu em Gary em 29 de agosto de 1958 — Morreu em Los Angeles em 25 de junho de 2009.

OUÇA!

Em homenagem ao grande gênio que foi Michael Jackson, trago no OUÇA, alguns vídeos que você provavelmente já viu há anos e anos atrás. No entanto, fica aqui a homenagem á quem de uma forma ou de outra modificou a história de cada um de nós.



















POESIA


O SONHO
por Marcel Scognamiglio



Ele era como nós, um sonhador.

O utopista chamava-se Léo, um rapaz que dia morreu esperando um dia benigno.

Léo morreu atropelado na frente de sua modesta casa, em uma rua suja, em no coração de uma nação subdesenvolvida qualquer. Lá Léo fechou seus olhos, e descansou.

Porém, ele acordou.

Léo acordou confuso olhando para um céu tão azul que fizera seus olhos peregrinos lacrimejar onde poderia estar. Jazia de corpo todo num gramado bem-cortado onde tinha suas orelhas mergulhadas dentre as gramas, seu periférico lhe concedeu a visão de um mato verde tão luzido quanto gracioso. Resolveu se levantar e como em um movimento exibicionista seu tronco se pôs de pé sobre as pernas ainda deitadas, lá, logo se sentiu confortável como jamais. Percebeu que alem da grama ali existia algodão, algodoes coloridos de amarelo, experimentou tocarem sua derme quase que como um carinho. Léo estava nu, enfim constara, e isso não parecia importante agora, ele sentia-se singelo enquanto seus calcanhares tocavam o chão abaixo da grama, um chão terroso.

Sua boca sentia um leve sabor de doçura e suas narinas percebiam algo como lavanda soprar pelos ares, ele fez questão de, com encanto no rosto jovem, encher seu pulmão daquele ar tão limpo que lhe fez desejar poder agradecer. Sentiu que podia correr centenas de quilômetros sob aquele ar, com tal sabor, com seu corpo tão tranqüilo e acarinhado.

Seria aqui onde o vento torna-se brisa e o céu torna-se marco? Pensou.

Léo se levantou por completo para sentir-se vivo, ao passo em que uma joaninha em um vermelho total voara quando ele moveu o mato ao se levantar. Obedeceu a seus instintos e sem tardança já caminhava pelo pasto vasto e magnificente.

Viu muito do que pretendeu ver por toda sua antiga vida, sentia-se belo e satisfeito, cada vez mais, mesmo que lhe surgissem ares de irrealizável ser. Mas impossível não era a palavra que lhe tomava os pensamentos quando avistou cachoeiras que o fizeram pensar no bem, e o fizeram sorrir como um menino; quando seguiu animais que pareciam divertir-se com sua presença; quando sentou sobre campos que o fizeram chorar de emoção; quando seus sentidos todos foram tocados e acariciados. Até que correu uma lágrima brilhante, como um diamante límpido por seu rosto, aquela lagrima corria por que Léo sentia-se parte do paraíso, mesmo que fosse por um segundo. Ele conheceu corredeiras, flores e agrados que o enfeitiçaram como um homem honrado por finalmente viver.

Léo parecia livre da mente humana de sempre. Ele, agora se encontrava em um andar muito mais alto onde não se tenta julgar com valores tão abissais como aqueles de antes, agora, já não se questionava sobre coisas tolas vindas da mente mundana, ele julgava agora cada segundo de vida como um aprendiz eternamente agradecido por estar ali, respirando.

Ele piscou no passo em que aquele perfume mágico invadia seu corpo todo, ao piscar, viu tudo se afastar pela ultima vez; os infernos, os véus, as almas, os bocejos, as comidas ruins, os cabelos no ralo, os medalhões de boa ventura, as sirenes, os sons bruços, os gritos, as maldiçoes, a fumaça dos fumos, as privações, as assinaturas, os odores, os castelos, os calabouços, as lentes, as palavras... E, o sonhador caminhou até um terreno novo, um prelúdio a um bosque, onde as novas árvores apresentadas causaram uma brisa fria, digna de calafrios.

Calafrios, três suspiros ordinários até a vir sair de trás da relva á esquerda.






Era ela, linda em plenitude, nua e perfeita.


Sua pele era como uma castanha deliciosamente descascada, tonificada de branco-bege e tons dourados, como se pudesse refletir e reluzir os raios quentes do sol matinal, seus quadris, graves e ousados, eram curvas nocivas, magníficos caminhos a se percorrer. Suas costas encetavam dos quadris em uma linha curvada e esperta a qual demonstrava com lamúria suas formas crescentes até os ombros onde seus modos se tornavam hastes vertiginosas e seus braços em agradáveis símbolos de verve, paixão. Seus cabelos longos, sobre os seios, pretos e agressivamente encaracolados, como grandes espirais negras e misteriosas, desciam por seus ombros e fronte, onde as franjas dançavam todas para a mesma esquerda semelhante a um grupo de balé. Seus seios, detrás dos cachos negros se opunham como duas esferas perfeitas e joviais que pouco mais balançavam na corrida que o necessário. Seu ventre tinha marcas de uma musculosidade rasa, onde reinava sua cicatriz umbilical singela e sem-par no centro daquele mundo. Suas pernas, coxas e canelas eram divinamente contornadas, coxas acima tocavam a virilha em espessura crescente de modo deleitoso e descomunal. Seus pés beliscavam, ou talvez fossem beliscados pelas ervas daninhas como pés de uma criança fazendo seu corpo de mulher brincar de partir corações para sempre.


É em demasia pobre dizer que ela sorria. Ela não sorria, seu rosto cantava sem som, cantava uma canção de afeto, de coisa-boa, de alegria em ver, talvez em ver Léo. Seus olhos eram caprichosamente puxados e coloridos em verde-castanho como se pretendessem se camuflar dentre duas cores tão naturais, seus cílios, longos, pareciam curvarem-se ao céu, suas sobrancelhas caminhavam juntas em feição uniforme e fina para lados opostos e seu nariz era levemente quadrado em um corpo todo idêntico, a sua boca era tanto vermelha, quanto deliciosa, como um caqui-maduro, era bem-posta como não se pode dizer, tal como seus lábios eram bem-feitos e dignos séculos de apreciação.


Seu rosto inteiro sorria e desafiava tais tabus e crenças do mundo, onde tudo era irrepreensível, ileso e imponente.


Ela vinha daquela relva à esquerda como se viesse de outro lugar, e caminhava até ele com um riso quase-satisfeito no rosto.


O primeiro contato foi um abraço vivaz trazido por ela, enquanto os olhos dele mostravam o espanto. Seus seios tocaram-no o corpo e suas mãos afagaram-no os cabelos da nuca, tudo com uma propriedade de amante que o fez sentir-se bem, como que se pudesse e devesse protegê-la e dividir-se. Era Ayme seu nome, ela disse enquanto seu sorriso ficara incompreensivelmente mais atraente e sua ainda mais agradável.


Léo já havia visto mulheres belas tais como, mas jamais sentira em alguma tanta bondade e magia. Léo sentira certo perigo na atração pelas outras, mas Ayme demonstrava-lhe alvura, bem-querer, e era só.




Aquele abraço durou segundos humanos, e milésimos de um segundo para Léo. Porém, o tempo não existia cá, eram somente os dois, Ayme explicara, seriam os dois para sempre a zelar aquele jardim generoso e para sempre ser zelados pelo jardim, enfim.


Um grande pássaro azul voou de uma árvore a outra na entrada para certo bosque enquanto os olhos de Ayme e Léo marchavam juntos. Era como se estes momentos suprissem aqueles quais eles não viveram antes, e trouxessem o agora de forma que fosse o sempre. Pareciam ter sido inventados e aprendido juntos tudo que havia de bom para se saber.


Léo já não se lembrava mais do passado, teria vivido sentimentos tão ínfimos, tão pobres que aos olhos do agora pareciam esquecidos com razão. Todas as crenças, os motivos, os chamados amores e algo mais eram apenas tralhas a guardar no porão.


Léo não se importaria de sonhar para sempre, como nos é de costume sonhar.



****

 

Post # 71 - As Sinopses e A Pausa


(amplie a imagem, vale a pena)

Bom dia meu precioso leitor,
Venho na apresentação do post explicar e me desculpar da pressa nos posts que rolaram essa semana. É que vou dar uma parada. Ainda não sei se vou ou não começar a trabalhar na tal empresa têxtil e se isso de fato ocorrer vou precisar de material reserva, por que essa fase de postagens quase que simultaneas vai de fato acabar e assim só postarei o que ja tiver escrito. Mas, seja qual for 'a' do destino mantenho o Artilharia Pulmonar como uma revista semanal. Até por que considero essa a melhor e mais produtiva fase da minha relação com comunidade leitora, ou seja, você :) ... e não pararia por nada agora!

Enfim, vamos ver o que eu escrevi durante todo esse tempo!?
Abraços.





SINOPSES - COLETÂNEA CONTOS JUN09

INSONE (2007)
Daniel é uma pessoa que não consegue dormir já há mais de vinte dias e não se sabe o motivo. A história segue em ritmo um tanto surreal, afinal, está sendo contada em primeira pessoa por ele que não anda com uma percepção muito boa, as noites insones são causadas por sua depressão forte. Então, sua melhor amiga e ex-namorada Juliana Mattos tenta o ajudar, mas ele consegue estragar o encontro e é abandonado por ela. É então que nessa mesma noite, depois de não conseguir dormir novamente, ele resolve procurar uma prostituta, mas se descontrola e acaba a espancando, e agora, em meio à escuridão do quarto do motel ele ouve a voz de Juliana o chamando ao invés da prostituta.

PÊLOS CANINOS, HORAS COMPLEMENTARES E CACOS DE VIDRO (2009)
Andre Foster é um ser humano singular. Ele adora rotina, ama seu trabalho e ai de quem tentar afastá-lo disso.
Em certa manhã aparentemente comum ele derruba acidentalmente um copo de família, sem valor nenhum no chão e este parte-se em mil pedaços. É assim que, graças às crenças de Vovó Gardênia ele passa o dia inteiro culpando o copo por sua má sorte. Tendo a vida analisada e dissecada pelo leitor que entrará na rotina deste homem agradavelmente sem graça, Andre Foster, o guarda da fronteira do Posto Sul de Minot, Nova Dakota, descobrirá que há segredos muito mais profundos ao seu redor do que se pode ver.

TORTURA (2006)
Em sua cadeira de balança, em uma casa de campo dos sonhos localizada em Geórgia, o aposentado general George Madwally se recorda em sonhos de olhos abertos de seus tempos de forças armadas americanas. No entanto, quando finalmente fecha seus olhos, ele acorda em meio ao oceano atlântico e para sua maior surpresa com 23 anos de idade novamente. Agora George irá procurar os verdadeiros motivos de ter sofrido essa metamorfose, chamada por ele de dádiva.

ACAPAÍNA, APOCALIPSE (2008)
Não estranhe nunca ter ouvido esta palavra.
É que por debaixo dos panos de um pleno carnaval na cidade maravilhosa, Mario está apaixonado por Maria. Jonas, John, Mohamed Gazin e um circo russo preparam-se para uma importante transação para o mundo moderno. Tudo isso por que há poucos anos fora descoberto, na Amazônia, um entorpecente em potencial originado de uma planta em abundância. Assim, batizada de Acapaína a droga trará novas posições no tabuleiro do mundo ou trará ou apocalipse?

BALÁZIO (2009)
Robson Alves é um jovem recém libertado de uma penitenciária no interior de São Paulo, ele vive uma primeira tarde maravilhosa ao lado de sua amada, Pamela com quem faz planos para o futuro. No entanto, o destino tem outros planos para Robson que presenciará, desta vez na ótica de Assaltado, o mal que causara há poucos anos as outras pessoas e ao mesmo tempo entenderá toda a fúria dos marginais a quem chamam de predadores.


A BONECA QUE NÃO CHORAVA (2009)
“Foram sete segundos, é o que dizem demorar em algo chegar até o estomago, estou só repetindo a tese com a tal bala da morte. Sete segundos e todos estavam gemendo de aflição com a tal sensação de estar caindo eternamente. É algo realmente excitante e durou por muitos minutos.”
O trecho acima demonstra bem o primeiro capitulo, ou seja, a origem de uma trilogia contando a história de uma garota que sofre sérias alterações psicológicas até descobrir quem realmente é. Débora Milani tinha tudo para ‘dar certo’ na vida, mas por algum sentido, sem culpar a ninguém, ela resolve descobrir quem realmente é, custe sangue ou fogo.

 

Post Seventy - Os Filmes do Feriado

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O Escafândro e a Borboleta (2007)


Logo vem o espanto e a questão: Como pode um filme ganhar tantos prêmios e eu nunca ter ouvido falar?

O filme de Julian Schnabel, a história do editor da revista Elle (sim, trata-se de uma história real) Jean-Dominique Bauby trata a emoção com originalidade e realidade.

O poderoso editor de uma das revistas mais influentes, culturalmente no mundo que vivia na França, sofre um derrame por AVC em um passeio com seu filho do primeiro casamento. O derrame o deixa semanas em coma até que Jean acorda e se vê paciente de um hospital. Imóvel e incapaz de falar, síndrome locked in, ele estabelece a comunicação através dos olhos para com as demais pessoas.

O filme aborda de forma original a visão do paciente com a Locked in. Só isso, já é o bastante para boa parte de seus prêmios. A outra metade de prêmios se justifica no decorrer da obra.


Um Estranho no Ninho (1975)

Um filme obrigatório.

McMurphy (Jack Nicholson) é enviado para um sanatório depois de passar um tempo na prisão. Logo se revela que ele tentava se livrar do trabalho e de suas responsabilidades se internando em instituições públicas diversas. No sanatório vive uma realidade triste e dura, além de ter que encarar a enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher), que dificulta as coisas para ele.

Faço as de muitos críticos minhas palavras. Antes mesmo da flor vendida pela globalização tomar de vez os estúdios, revelou-se nesse longa uma grande obra que somava novos talentos do cinema e outra atuação memorável de Jack Nicholson e Louise Fletcher. O filme de Milos Forman tem cenas longas, logo, poucos cortes, tem falas marcantes e reias além de outros detalhes que se contrastam fortemente com os filmes lançados na mesma época fazendo dele merecedor de tantos premios e elogios.


 

Post Sixty Nine - Solslaio

Category: By Marcel


Solslaio

O tempo em vento, não me importa mais.

Jamais será capaz de compreender através de palavras. Escrevo somente por honra de um dia ter estado assim, encontrado. Achado, onde todos e mais alguns olhares se cruzam, onde o corpo parecer querer falar o que os lábios oculta, com movimentos tolos e primervos.

Ainda são muitas pesssoas, muitos vultos envolta. Mas não consigo parar de ver só você.

Daqui, partiremos para o esquecimento total do outro, ou quem sabe, com alguma ventura, iremos á algum porém além deste arsenal de esguelhos e pêlos eriçados, caso foste melhor para um de nós dois.

O universo aqui é simples, avise bem. Limita-se agora, a quatro ou cinco metros que separam todos nós, os céus e infernos, os destinos, os sonhos e acasos. Separados tambem, nós dois, como extremos galácticos. Parece-me tão longe enfim.

As sensações que me castigam são, ora a agonia que almeija vender-se ao esquecimento miserável, ora o sereno que atiça minha derme a desistência.

Um universo em todo desapercebido dentro de outro onipresente, é toda distância entre meus desejos e seu olhar esporádico-fulminante ainda que de solslaio, um abismo.

Á beirar qualquer romance, existiu um momento mais mágico que qualquer cura, o momento sóbrio-eterno de dois entorpecidos chocando-se com os saberes e os batimentos cardíacos, o instante em que as janelas de cada compartilham a mesma luz alucinante de um fim de tarde, para que tudo, pareça enfim, fazer sentido algum.


02/06/09

 

Post Sixty Eight - Música

Category: By Marcel

Música

A música me é tão necessária quanto alimentar-me. A música supri a necessidade de acomodação da minha mente, não sei quanto a sua. Mas quanto a minha, é como se revivesse e reavesse, de uma só vez, meus sentimentos mais dipersos e profundos, logo, aquilo tudo, de rir á chorar, que da realce as cores de sempre.

23/05/09


do pensar: http://www.imeem.com/mwarren04/music/IAr3p2a7/tool-the-pot/

do sentir: http://www.youtube.com/watch?v=mLk4EH9FWwI


 

Post Sixty Seven - Cinema Brasileiro

Category: By Marcel



Ah, Brasil!

É inevitável não enxergar a melhoria ascendente do cinema brasileiro. Não me refiro só a características técnicas, como iluminação, arte, fotografia, trilha sonoras... Falo de experiência.
Pode-se dizer que de uma forma geral, nosso cinema cada vez menos deixando a desejar aos roteiros, atores e diretores do Grandes Estúdios, e o principal, de uma forma totalmente originada aqui, pioneirismo canarinho.
E como toda criança que cresce, devemos ama-la sem muitas expectativas e apoia-la acima de tudo... funcionalista demais? Talvez, amo essa cultura(s) e não nego a imparcialidade.

Pensei por dias como faria as resenhas aqui no blog. Com notas? Com opiniões? Sem Spoilers?
Quem sou eu para pensar em notas de obras de arte? Sou um germenzinho do jornalismo cultural, privo-me a opinião sincera das palavras que brotam após ver cada um, e só.

Preparando o terreno para o leitor, separei, vi, revi e analisei quatro obras nacionais recentes.
Quase todas sucessos de bilheteria; São eles: Romance de Tonico Pereira, Batismo de Sangue Helvécio Ratton, Última Parada 174 de Bruno Barreto e Meu nome não é Johny de Mauro Lima.

Por cordialidade, vamos fazer as devidas menções á genios que participaram de forma fabulosa nas obras. Guel Arraes com o roteiro de Romance, tornou tudo possível e Guilherme Fiuza no livro respectivo ao filme Meu nome não é Johny.

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Meu Nome Não É Johnny é um filme brasileiro de 2008, do gênero drama, dirigido por Mauro Lima, contando a história verídica de João Guilherme Estrella um traficante da Zona Norte do Rio. Foi baseado em um livro homônimo de Guilherme Fiuza.
Resenha
O filme é uma grande conjunto de viagens vicerais, profundas.
Somos tragados a uma viagem profunda e atormentadora ao seio familiar da classe média-alta brasileira. Ausência dos pais na infância dos filhos, a falta de orientação, o descaso e a facilidade quanto ao consumo de drogas entre os adolecentes. Seguimos então para um julgamento sobre a vida do cidadão em condições favoráveis, financeiramente falando que entra para o tráfico de drogas. De forma que, João Estrella torna-se um dos maiores traficantes da cidade do Rio de Janeiro em pouco tempo, graças a sua aptidão para os negócios e seu ciclo de amizades fluentes. Só por isso, o filme ja valeria para um bom tempo de reflexão por mexer com feridas tão expostas no sistema, mas seguindo essa linha, ainda vemos penitenciárias superlotadas, manicomios em estados que causam vergonha alheia, o julgamento ao cidadão perdido no sistema, o humor descarado, o humor negro ao longo do filme e de quebra Cléo Pires em ótima forma, tanto como atriz, quanto mulher.

Selton Mello, em certas partes do filme parece se entregar como "usuário" na vida real, de tão bem que representa as cenas em que está 'alterado' por efeito de algum entorpecente, uma atuação fantástica e concreta, mais uma para sua pratileira de boas atuações, que não são poucas.
Por fim, Meu Nome Não é Johny é uma ótima pedida para um público questionador e maduro.

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Batismo de Sangue é um filme brasileiro realizado em 2006 e lançado em 2007, dirigido pelo cineasta Helvécio Ratton. O filme é baseado no livro homônimo de Frei Betto que foi lançado originalmente no ano de 1983, e vencedor do prêmio Jabuti.

Resenha

Assumo que por diversas vezes meu repúdio por violência excessiva me fez querer parar de ver o filme. Não por cenas aterrorizantes, por excesso de sangue ou cenas de espanto. O filme não é apelativo, é apenas real, real demais. Real e doloroso na mesma medida.

A vida em obra de Frei Tito de Alencar é retratada de forma crua, límpida e revoltante no filme de Helvécio Ratton. O filme nos caracteriza dos tipos de cidadão, de um lado o brasileiro que se importava com a bandeira e com ideais de liberdade e de outro o povo, a massa, que prevalece hoje, injetado com ideais passageiros como futebol e qualquer outro tipo de alienação. Uma crítica perfeitamente atual e quase inconsciente do modo de viver do brasileiro que da graças a Deus pelo simples fato de viver em paz. No entanto, essa paz falsa e debilitada trazida pelo afago comercial da globalização faz com que heróis sejam esquecidos e ofendidos. Tais como Frei Tito e seus companheiros dominicanos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dominicanos), estes que deram a vida para que o povo continuasse sorrindo.

Uma atuação brilhante de Caio Blat deve ser mencionada. No início do longa, ele interpreta um sotaque nordestino até ao ler a biblia! Alem disso, temos cenas fortes que as ressalvas e as palmas se tornam poucas para o talento do drama, muito bem representado.

***




Romance é um filme brasileiro, em parte filmado em Cabaceiras na Paraíba, que teve sua estréia no Festival do Rio 2008 depois de diversos adiamentos nos cinemas. Produzido por Paula Lavigne e dirigido por Guel Arraes, que assina o roteiro juntamente com Jorge Furtado, tem a direção musical de Caetano Veloso.
Resenha
Uma lista de nomes que impressiona. Mas o filme ainda consegue realizar proezas maiores.
Pedro (Wagner Moura) é um ator que idealiza o amor e o romance, como arte tal como a literária, durante um de seus testes realizados para encontrar uma atriz para contracenar a peça Tristão e Isolda (primeira história com traços romanticos registrada) ele encontra Ana (Letícia Sabatella), uma atriz excepcional (fala do personagem de José Wilker) com quem começa um namoro com ideais do romance perfeito. Mas quando esse romance se choca com a realidade dos problemas e ambições de cada um, a história muda. O filme é assim, cheio de reflexões sobre o espíritos e as essências do amor ideal, puro e belo e o seu contraste com o mundo atual, com o sofrimento dos amantes.

O núcleo principal de atores, os cinco: Andréa Beltrão, Vladimir Brichta (Palmas extras para ele, interpretou 3 papéis no filme, em que todos se intercalavam, papéis dentro de papéis, personagem sobre personagem), Wagner Moura (Brilhante e confuso o bastante), Letícia Sabatella e José Wilker, apresentam seus personagens de forma retumbante e características, como disse no início da resenha, só de nomes o filme ja tornaria-se uma grande pedida. Tivemos também a participação de Marco Nanini, um de meus atores favoritos.
Sem mais.

***



Última Parada 174 é um filme brasileiro de 2008 dirigido por Bruno Barreto, escrito por Bráulio Mantovani, produzido pela Moonshot Pictures e estrelado por Michel Gomes e Marcello Melo Jr. O filme conta a história verídica de Sandro Barbosa do Nascimento, menino de rua do Rio de Janeiro que sobreviveu à chacina da Candelária e, em 2000, sequestrou um ônibus. No dia 16 de setembro de 2008 o filme foi escolhido pelo Ministério da Cultura como representante do Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro na cerimônia de 2009.[1]
Resenha
Ironico, real e revelador.
Note que um personagem aqui pode facilmente ser construído e destruído pela mídia. Quem não se lembra de Sandro? O louco, vagabundo cheirado que assassinou a pobre professora no sequestro no Rio? O filme de Bruno Barreto foi as entranhas desta história para nos trazer um resultado, um sumo do que o Brasil e o sistema capitalista geram de desigualdade, da falta de educação, da falta de rotina, moradia e orientação dos meninos de rua. Meninos da Candelária, assassinados. Sandro sobreviveu a Candelária, mas não ao sequestro desesperado e despreparado do 174 CENTRAL. O filme é forte, marca do cinema atual brasileiro, mas é exclarecedor o bastante para merecer ser visto e revisto por todos nós.

Sem mais.


Obrigado
 

Post Sixty Six - A Musa

Category: By Marcel

Fique aqui, expresso, dito e afirmado em plena sobriedade que somos tão donos de nós que as vezes nos esquecemos que somos capazes de fazer coisas fabulosas, todos nós. E sim, ja fiz muitas cosias fabulosas, em opiniões que foram diversas mas que, ainda por cima, foram fabulosas na minha visão.


A Beleza que sei ver, que não sei explicar.

Camila,

Pouco se expressa em palavras defronte a ti
O que são palavras? O que é a magia?
A magia do seu olhar que transcende o tempo, o momento
O que são palavras se não meros gemidos primatas
És mais que possa se dizer ali

A vida me mostrou que amor é dificil, sólido
e que existem pessoas que desistem de quebrá-lo, domá-lo
mas o amor não se doma, se entrega assim
é a perda mais deliciosa que ha
amar é doce, o amargo é querer-te pra mim

Aprendi que não terei posses de ti, como ao hino
talvez nunca, talvez pra sempre
mas sempre quero-te olhar, como um menino
que olha para o maginifico, o fabuloso, o perfeito dentre
Quero te ver sorrir, e poder te fazer isso sempre

Camila, o tempo foi, o tempo vai, e não parará
Quero que entenda que somos eternos, sem beira
Quero que ame ser eterna e ser tão linda
Linda ao ponto de sorrir e ser uma razão inteira

Uma razão inteira para mim
Uma metade incompleta
Os suspiros que derramará assim
Serão sempre na medida certa

Você me inspira a criar
e és meu porto seguro do que és belo,
do que és puro, do que és eterno

Eu amo você por isso, há tempos ♥