'Bem, de forma casual, apresento-me pelo nome, Marcel Scognamiglio de Campos Lourenço, que me foi concedido pelos meus pais. Ah! Eles, tão opostos entre si que às vezes acredito que isso me transformou em um desviado, um desviado do movimento natural das coisas, quem sabe. – A soma das inicias de meus pais, formam meu nome.
O fato é que já estou velho demais para decidir minha vida por um caminho lógico, então, como sempre, seguirei o do coração.
“Optei por jornalismo seguindo um sonho, de
fato. Sonho parece utópico demais, mas o que temos em mãos para
dizer que não precisamos sonhar?
Sou um poeta, um “moleque”, um pensador profano que não mede limites para os atos que me trazem prazer no fim. Não meço o limite da instigação para com quem discuto filosofia. Sou tudo que você critica, mas, sou ainda mais aclamado por ser o que não fostes;
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Ah sim! A Ordem.
Começamos então por Timothy Leary. Um escritor americano, psicólogo e militante das drogas. Talvez, graças ao “mau exemplo” a nossas avós, nos afastaram deste nome, desse personagem fantástico.
Timothy passou sua vida dando palestras pelo apoio da legalização do LSD, a qual ele afirmava ter fins medicinais para o sistema nervoso. O fato é que nessas explicações, o doutor redigiu bons artigos no que se trata “a ordem” imposta brutalmente pela sociedade – uma de suas transcriçoes foi gravada em uma musica da banda Tool, Third Eye e IV – Voyage da banda Porcupine Tree -, tentando firmar sua opnião de que nosso cerebro foi programado por anos de dias na frente da TV, retinas programdas e controladas pelo sistema que usaria a TV como forma de seguir mais um padrão, discutindo peculiaridades, obedecendo aos mandamentos da igreja, e que a única maneira de mudar isso, era trazer de volta o “estado de caos” para seu cérebro, o que ele afirmava ser possivel com o uso devido e monitorado de LSD.
“A realidade não passa de uma opinião. Viver é surfar o caos: não podemos
modificá-lo, mas podemos surfá-lo.”
“Somos formados por DNA para produzir mais DNA. Em outras palavras: por mais
que isso choque os teólogos e os humanistas, somos todos robôs neurogênicos –
uma condição da qual não poderemos escapar enquanto não aprendermos a dominar o
nosso sistema nervoso de forma a reprogramar nossos destinos”
- Ambas por Timothy Leary.
Através de trechos como este, se percebe que Timothy Leary teve uma incrível experiência dos dois lados ou até três, quatro ou mais da realidade e material muito interessante para se consultar – no entanto, suas informações, daqui para frente ficam-nos irrelevantes.
O primeiro grande passo para fugir da Ordem é pensar. O segundo é não seguir opiniões pré-estabelecidas pelo sistema ou por outras pessoas - o que muitas vezes é o sistema impregnando-as.
Pensar por si. Pensar livremente e para você é algo digno de medalha.
Você precisa de coragem para basear-se em suas expectativas concepções de mundo. Seguir um rumo incerto aos prazeres que a vida cômoda te proporciona, afinal, até mesmo a vida cômoda te recompensa de certa forma, esta, apesar de te deixar em estado vegetativo de entorpecimento da verdade e do conhecimento, pode te dar prazeres carnais. Matam-te sede de água, mas jamais a de sabedoria.
O que diferencia você ao autor do livro que você lê é o simples fato de que ele quer ser lembrado ainda depois que seu corpo pare de funcionar, você, provavelmente vai viver na média estipulada pelas pesquisas de campo, e mais nada. A ordem se esquecerá de você, afinal, você foi mais um número “positivo”, e esses não são lembrados. São tantos! (...)
Desafio-te leitor que comece a questionar em seus grupos sociais, no seio da sociedade onde pode articular-se bem, e tentar esquecer todos os padrões que te foram impostos para falar, de começo seria interessante. Primeiro que, excluir todo tipo de conhecimento padronizado já julgaria completamente errado o “Eu amo você” – dizê-lo para sua amada. Isso é nada mais nada menos que um padrão. Diga que a ama, é isso que as pessoas fazem quando querem alguém. – Comportamento Padrão! Eleito pela Ordem! Entende?
Por fim, sejamos sinceros, criar uma realidade alternativa para viver a sós – como é o caso de muitos indigentes que se apropriaram de doses extras de alucinógenos e abandonou por completo a nossa realidade, nossa dimensão -, é algo triste demais e torna-se um argumento inconsistente. Mas a verdade tem de ser conhecida, para que as decisões possam ser tomadas da melhor maneira. Saber é respirar numa multidão que disputada cada molécula de oxigênio.
Se você pensa por si, você muda as mentes e não são elas que te mudam.
Pense por você, questione a autoridade!
Obrigado.
Por Marcel Scognamiglio.
“Eu sempre escrevi. “Nasceu em São Paulo, cresceu no sul de Minas
Gerais,
Talvez, entre todas as outras vertentes que me motivou,
a
solidão do interior me foi a que mais me atraiu a musica e aos livros,
excessivamente. Foi então que me descobri um autor razoável.
post original em http://www.ultimomotim.blogspot.com/